segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Por que devemos tirar o sapato ao entrar no terreiro?

                            pesnochao

Nós, umbandistas, consideramos o terreiro e congá, um lugar imantado, Sagrado, onde foram fixadas certas forças ou vibrações positivas, que deve estar sempre limpo de fluidos negativos e onde conservamos os pontos riscados destas mesmas forças ou ordens superiores dos Orixás, mesmo porque certos preceitos são procedidos nele para movimentação e renovação permanente do Axé - força mantenedora da corrente mediúnica.
Tudo isto objetivando "facilitarmos" a descida vibratória dos Guias espirituais e haver o intercâmbio em uma egrégora elevada, propiciatória para a ligação fluídica com os médiuns.
Assim, é de obrigação de todos tirar o calçado, visto este objeto ser "anti-higiênico",  pois se pisa com ele em tudo, às vezes em detritos e putrefações, ainda por estarmos em ligação com certas encruzilhadas de rua que passamos, sabendo-se que estes locais profanos são escoadouro natural das vibrações negativas ou ondas mentais coletivas eletromagnéticas,
densas e altamente materializadas, muitas vezes alimentadas pelos nefastos despachos que alimentam os planos inferiores do astral.


Norberto Peixoto


Fonte



ATO DE BATER CABEÇA




O ato de bater cabeça, talvez seja a parte da ritualística umbandista cuja simbologia esteja no inconsciente coletivo da humanidade desde o princípio dos tempos.
O ato de levar a cabeça ao solo é encontrado, praticamente, em todas as religiões e foi trazido para  alguns protocolos do mundano tendo em vista que em muitas sociedades os seus soberanos eram tidos como representantes terrenos da divindade.
Seu significado pode ser interpretado como (reconhecimento da) submissão do ser humano diante da onipotência da deidade, muitas vezes representada através de fenômenos da Natureza. Ou seja, a aceitação de nossas limitações diante daquilo que não podemos controlar. Trata-se, portanto, de um sinal de respeito e de entrega.
Também pode ser entendido como representação de humildade, bem como uma forma de agradecimento (p.e., à Mãe-Terra que, através de seus mistérios, nos dá tudo o que nos sustenta e mantém).
Pode-se, então, dizer que na Umbanda bater cabeça significa respeito pela deidade, orixás, guias e entidades que são representadas tanto pelo congá ou congar, como por pontos de força ou energia (a tronqueira e os atabaques), e ainda nas figuras dos sacerdotes e sacerdotisas ou mais velhos na religião.
A ritualística pode variar de terreiro para terreiro, função de doutrina e fundamentos próprios.



                                                               Robson Sciola